A origem da invocação: Maria, Mãe do Bom Pastor
ou Divina Pastora das almas foi dada a conhecer na Igreja pelo religioso
capuchinho Frei Isidoro de Servilha OFM (Espanha). Frei Isidoro certa noite do
dia 31 de maio, não se sabe, se uma inspiração, um sonho misterioso ou até
mesmo uma aparição. Estava ele rezando a Maria, de repente, uma luz
extraordinária iluminou a capela, e no meio, apareceu a Santíssima Virgem
vestida de pastora, rodeada de ovelhas e então ela disse: “Eu sou a divina pastora das almas. Queres que os homens cumpram os
mandamentos do meu Filho? Pede, pois, aos missionários que confiem aos meus
cuidados os seus rebanhos e lhes asseguro que os pecadores, mesmo os mais
endurecidos, voltarão a mim, dóceis e mansos como ovelhas”.
Ao amanhecer Frei
Isidoro confiou ao pintor Alonso Tavar a execução de um quadro com as seguintes
características: “No centro, pintarás a
Santíssima Virgem Maria à sombra de uma arvore, sentada sobre uma pedra,
irradiando um semblante de amor e ternura; a túnica vermelha será coberta por
um manto branco aos joelhos, amarrado a cintura um manto azul cobrirá o ombro
esquerdo, terá um chapéu pastoril e na mão direita o cajado, símbolo da
misericórdia com que defende o seu rebanho. Algumas ovelhas rodearão a Virgem
Maria, ao longe se vê uma ovelha perdida e um lobo saindo da caverna, pronto a
devorá-la. Aparece no céu o arcanjo São Miguel com o escudo pronto para
desfechá-lo sobre o lobo maldito. Todo traje é de uma humilde pastora, porém
seu corpo parece formoso e elegante, assemelhando-se a descrição do cântico dos
cânticos”.
Aprovação Canônica
Pio VI, em 1º de agosto de 1795, instituiu
canonicamente a festa em honra da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe do Divino
Pastor. Foi o Beato Diego José de Cádiz um dos que mais trabalhou em excesso
por obter o referendo pontifício em favor da Divina Pastora, que presidia suas
missões populares. O papa concedeu aos Frades Capuchinos da Espanha que
pudessem venerar como singular Patrona de suas missões à Mãe do Bom Pastor,
Jesus Cristo, poderosa mediadora entre ele e nós, seu povo e ovelhas de seu
rebanho. Sua festa celebra-se no III sábado da páscoa, anterior ao domingo do
Bom Pastor.
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