Darlan dos Santos
Seminário Maria Mater Ecclesiae - SP
Caríssimos, convido a todos a fazermos uma contemplação deste grande mistério revelado a nós. O nascimento carnal do Filho de Deus entre nós nos faz lembrar as belíssimas palavras de São João: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14).
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se extraviou por seu próprio caminho: e o Senhor carregou sobre ele a iniqüidade de todos nós. (Is 53.6).
Absolutamente todos nós andávamos perdidos, manchados, feridos, abatidos e abandonados por causa do afastamento do Criador, do mesmo que nos criou para Si. Andávamos como ovelhas sujas e feridas por causa do pecado, ou seja, da comunhão com o amor de Deus; pois o pecado é o afastamento do coração amoroso de Deus que é rico em misericórdia (Ef 24.4); mas como um bom Pastor Ele vem ao nosso encontro, ao encontro de nossa miséria, de nossa pobreza, elevar a nossa dignidade para que atinjamos a estatura de seu amado Filho.
Na manjedoura está o pequeno Bom Pastor, uma criança frágil, um Deus forte, inocente, um cordeiro sem mancha alguma; Ele é o esperado de todos os povos aquele que viria libertar-nos da escravidão. Seu coração pequeno bate ansioso para conviver com os homens e para como Pastor guiar seu rebanho rumo ao conhecimento do amor do Pai.
Ao lado deste doce menino encontra-se Aquela que revela para toda a humanidade a ternura e a misericórdia de Deus, Maria; podemos contemplá-la como a Boa Pastora, porque ao lado do Filho ela encontra-se unida aos seus mistérios, a sua vida e as suas ações. Esta linda Pastora contempla o Bom Pastor e em seu coração nasce a esperança de um novo povo guiado por seu cajado, este é o cristianismo.
Depois de termos feito uma contemplação desta realidade salvadora vamos nos remontar as palavras de Jesus quando diz: “Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dar a sua vida pelas suas ovelhas” (Jo 10.11). Com certeza estas palavras estavam no coração de Jesus com anseio de uma realidade conhecida no seio do Pai que é o grande Pastor do seu rebanho. Deus mesmo disse: “Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas, e as buscarei. (Ez 34.11). “A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer; a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; e a gorda e a forte vigiarei. “Apascentá-las-ei com justiça” (Ez 34.16). Podemos fundamentados nas palavras de Jesus afirmar que Ele é o Bom Pastor da manjedoura até a Cruz.
Nós vivíamos extraviados, mas agora não mais, nasceu para nós Aquele que é o grande Pastor das ovelhas, nosso Senhor Jesus Cristo (Hb 13.20). Somos felizes porque Deus mesmo nos busca e nos atrai a si; nas palavras de São João da Cruz podemos dizer: “Se é verdade que o homem busca a Deus, mais verdade é que Deus busca o homem”. É ele mesmo quem nos procura a todo instante como o pastor procura sua ovelha ferida e perdida (Lc 15.3-7). Sendo nós seguidores deste Pequeno Pastor deixemo-nos guiar pela força de seu braço, de seu cajado para chegarmos ao regaço do coração do Pai.
Maria é uma Mãe Apascentadora
Na manjedoura está a mulher mais amada da humanidade, ela que certamente foi amada pelo seu próprio Filho. Vemo-la ao lado dele atenciosa e contemplando Deus tão perto de si, Deus em seus braços e junto ao seu materno coração, é a união de corações. Esta bendita Mãe é representada pelos seus filhos de diversas maneiras, por várias culturas, pela arte e de tantos atos de amor é a linda Apascentadora; Apascentadora porque conduziu Jesus por caminhos onde somente o amor foi à lei suprema; Apascentadora porque é educadora e guia de todos os amigos de seu Filho. Ao contemplar uma efígie sua poderíamos somente dizer: Maria, mater mea – pasce anima mea (Maria, minha mãe – apascenta minha alma).
Deus quis que Maria participasse de todo o plano de salvação se não ele não teria feito do jeito que tudo correu, pois para nós deve-se ter um olhar todo especial para esta Mãe, tão carinhosa, misericordiosa e cheia de bondade. Com Maria exultemos de alegria porque o verdadeiro amor se encarnou e está no meio de nós para sempre, Ele é o Emanuel.
Deus quis que Maria participasse de todo o plano de salvação se não ele não teria feito do jeito que tudo correu, pois para nós deve-se ter um olhar todo especial para esta Mãe, tão carinhosa, misericordiosa e cheia de bondade. Com Maria exultemos de alegria porque o verdadeiro amor se encarnou e está no meio de nós para sempre, Ele é o Emanuel.
Maria, mater mea – pasce anima mea!