Edvaldo Pinho
Seminário Maria Mater Ecclesiae
O sacerdote, configurado ao Único Sacerdócio Santo, o de Cristo, da descendência de Melquisedeque, nascido em Nazaré, particularmente uma manjedoura, tem seu auge na medida em que se assemelha à vida da Virgem Maria; a única mulher que pode ser comparada, na prática das virtudes, com o seu Filho. No que diz respeito à vida de um sacerdote católico, Maria é a vida-modelo para de sua santificação.
Na carta Encíclica, Rosarium Virginis Mariae, o papa nos chama a atenção para contemplarmos Cristo com o olhar e o coração de Maria, uma vez que o sacerdote é Alter Christus, ou seja, é outro e mesmo Cristo; e é convidado a ser pai e mãe de uma comunidade de batizados como assim o próprio Cristo foi. Assim, a relação de Mãe e Filho, é a relação de Mãe e sacerdote.
São inúmeros os títulos que podemos comparar Maria e o Sacerdote. Encontraremos alguns deles na Bíblia como:
O sacerdote é o homem do Anúncio. Assim como Maria anunciou a chegada do seu Filho a sua prima Isabel (cf. Lc 1, 41), o sacerdote deve ser aquele que anuncia este mesmo Cristo que vem.
O sacerdote é o homem de silêncio. Se olharmos no Evangelho de Lucas, encontraremos Maria exercendo aquilo que de mais compraz ao seu filho. Mesmo não sabendo do que estava acontecendo, Ela confiava nas ações de Deus e guardava tudo em seu coração (cf. Lc 2, 51). Muitas das vezes o sacerdote deve também fazer como Maria: não entendendo sua própria missão, deve guardar tudo em seu coração e orar a Deus.
O sacerdote é o homem de oração. Numa carta recente aos sacerdotes, o papa Bento XVI exorte que o sacerdote sem oração é um sacerdote em perigo. Nos Atos dos Apóstolos encontramos várias pessoas em oração, dentre elas, Maria, Mãe de Jesus (cf. At 1, 14). Se ela orou, como o sacerdote pode deixar de fazer o mesmo?
O sacerdote deve ser humilde como exclamou Maria no Magnificat: “... porque olhou para a humildade de sua serva...”. E, em sua humildade, o sacerdote se torna mais servo de Deus.
JHS