quinta-feira, 19 de abril de 2012

A FELICIDADE É FRUTO DO AMOR

Eveson Vasconcelos
Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil
Diocese de Guarabira - PB


A discussão sobre a felicidade vem se estendendo ao longo da história, pois é natural que o homem busque o melhor para si, mas tomemos cuidado se  pensarmos que somos independentes e não precisamos uns dos outros. A auto-suficiência nos torna pessoas amargas e insuportáveis. Vivemos numa cultura em que ter e  ser são idênticos, trata-se de uma situação  bastante paradoxal, pois se o seu ser se reduz ao que você possui , isto significa dizer que quando você deixar de ter, você deixará de existir. A felicidade neste caso está naquilo que você possui e não naquilo que você é.

Será lícito de nossa parte depositar a nossa felicidade em bens que são contingentes e efêmeros?
Mas em que consiste a verdadeira felicidade?
De fato, reduzir a felicidade ao prazer  desenfreado é imprudente de nossa parte, porque a verdadeira felicidade, consiste num primeiro momento no amor próprio, um amor livre, que não é egoísta e que está aberto ao outro,  pois é necessário que primeiramente  nos amemos para que assim  possamos amar ao próximo. Aquele que não ama não é capaz de ser feliz!
 A máxima de nossa felicidade está em Deus, pois é N’Ele que devemos direcionar todo o nosso amor.

É nos amando, que seremos capazes de amar a Deus e conseqüentemente seremos também capazes de amar o outro. Pois é no amor que somos verdadeiramente felizes.

O próprio Cristo sofreu por nós, por amor a nós, e ressuscitou para que anunciássemos as maravilhas de Deus, que nos salvou da condenação eterna, a fim de que gozemos das eternas alegrias.


sábado, 14 de abril de 2012

FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA


A Divina Misericórdia é uma devoção religiosa católica de origem polonesa, e cuja divulgação se deve a Santa Faustina Kowalska, que é considerada uma das grandes místicas da Igreja Católica. Em seu Diário, a religiosa relatou ter recebido instruções de Jesus, através de aparições, para que desse a conhecer ao Mundo a sua Misericórdia. A imagem de Jesus Misericordioso e seu modelo foi mostrado em visão que irmã Faustina teve dia 22 de Fevereiro de 1931 na cela do convento.

A imagem representa Jesus Ressuscitado que trás aos homens a paz pela remissão dos pecados, pelo preço de sua Paixão e Morte na Cruz. Os raios do Sangue e Água que brotam do coração (invisível na imagem) trespassado por uma lança, e as cicatrizes das chagas da crucifixão relembram os acontecimentos da Sexta-Feira Santa. A imagem de Jesus Misericordioso une, então, estes dois acontecimentos evangélicos que mais plenamente falam sobre o amor de Deus para com o homem. 

Os dois raios da imagem, Nosso Senhor revelou seu significado: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. Essa imagem não só representa a Misericórdia Divina, mas constitui também um sinal para relembrar o dever cristão da confiança em Deus e de um ativo amor para com o próximo.



A festa da Misericórdia

 Ocupa um lugar privilegiado entre todas as formas da devoção à Misericórdia Divina reveladas à Irmã Faustina. Pela primeira vez Nosso Senhor falou sobre a instituição dessa Festa em 1931, em Plock, quando exprimiu a sua vontade de que fosse pintada a imagem: “Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia.” (D.49).

O Papa João Paulo II, em Maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar Domingo da Divina Misericórdia.

Jesus prometeu: "Neste dia, estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das penas e culpas. Neste dia, estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim".



quinta-feira, 12 de abril de 2012

O RECOLHIMENTO

São Francisco de Sales


Neste ponto, desejo que sejas mais dócil ainda em seguir os meus conselhos; porque penso que daí muito depende para o teu adiantamento.

Lembra-te, as mias vezes que puderdes durante o dia, da presença de Deus, servindo-te de um dos quatro meios de que tenho falado. Considera o que Deus fez e o que tu fazes, e verás que Deus tem continuamente os olhos pregados em ti com um amor inefável. Ó meu Deus, hás de exclamar, por que não emprego sempre os meus olhos para contemplar-vos, assim como vós estais sempre olhando para mim com tanta bondade? Por que pensais tanto em mim, Senhor? E por que eu penso tão raras vezes em vós? Onde é que estamos nós, minha alma? A nossa verdadeira habitação é que em Deus, e onde é que nos achamos? Os passarinhos têm seus ninhos, onde se refugiam; os veados têm os matos e moías para se esconderem ao abrigo dos caçadores e dos raios ardentes do sol; nosso coração deve escolher para si também, todos os dias, um lugar ou no calvário ou nas chagas de Jesus Cristo ou em algum outro lugar perto dele, para se retirar, de tempos em tempos, para repousar do bulício e calor dos negócios exteriores e para se defender dos ataques do inimigo. Sim três vezes feliz é a alma que em verdade pode dizer a Nosso Senhor: Vós sois o meu lugar de refúgio, a minha fortaleza contra os inimigos, à sombra de vossas asas respiro um ar dulcíssimo e estou seguro, ao abrigo das intempéries do tempo.

Lembra-te, Filotéia, de retirar-te muitas vezes à solidão do teu coração, ao passo que as tuas tarefas e conversas o ocupam exteriormente, para estares a sós com teu Deus. Tudo o que te cerca não lhe pode fechar a entrada, porque tudo isso está fora de si mesma. Este era o exercício ordinário de Davi no meio de suas múltiplas e importantes ocupações, como vemos muitas vezes nos salmos: Ó Senhor, estou sempre convosco; sempre vos estou vendo, meu Deus, diante de mim; levantarei os meus olhos para vós, ó meu Deus, que habitais no céu; meus olhos estarão sempre em Deus.
Com efeito, tão sérias não são de ordinário as nossas conversas, nem exigem tanta explicação as nossas ocupações, que não possamos subtrair-lhes um pouco de atenção para nos retirarmos à querida solidão.

Como os pais de Santa Catarina de Sena não lhe deixassem tempo nem lugar algum para suas orações e meditações. Nosso Senhor inspirou-lhe o pensamento de erigir um oratório no fundo do coração, onde pudesse refugiar-se em espírito, no meio das ocupações penosas que seus pais lhe impunham. Ela assim fez e com facilidade pode suportar todas as contrariedades do mundo, porque, como costumava dizer, se encerrava neste aposento interior, onde se consolava com seu Esposo celeste. Tornou-se esta a sua prática ordinária e desde então muito recomendava aos outros.

Recolhe-te, ás vezes, à solidão interior do teu coração, e ai, num completo desapego das criaturas, trata dos negócios de salvação e perfeição com Deus, como dois amigos que cuidam familiarmente de seus negócios; dize-lhe como Davi; tornei-me semelhante ao pelicano do deserto, cheguei a ser como a coruja no seu albergue. Vigiei e estou como pássaro solitário no telhado. Tomando estas palavras no sentido literal, elas querem dizer que este grande rei acostumava seu coração à solidão e passava cada dia algumas horas entregue à contemplação das coisas espirituais; interpretando-as, porém, num sentido místico, elas nos descerram três belíssimas solidões, para onde nos podemos retirar com o nosso amantíssimo Jesus. 

A comparação da coruja escondida nas ruínas mostra-nos o estado brilhante do divino Salvador, deitado, escondido e desconhecido de todo o mundo, de que deplorava os pecados. A comparação do pelicano, que tira o sangue de suas veias para alimentar os seus filhotes, ou, melhor, para lhes dar vida, nos lembra o estado do Salvador no Calvário, onde o seu amor o levou a derramar todo o seu sangue para nossa salvação. A terceira comparação nos aponta o estado do Salvador em sua gloriosa ascensão, quando, tendo aparecido no mundo tão pequenino e desprezível, se elevou ao céu dum modo tão brilhante. Retiremos muitas vezes para perto de Jesus, num destes três estados.

Estando o bem-aventurado Elzeário, conde de Ariano, na província, ausente desde muito, enviou-lhe um mensageiro expressamente para informar-se o estado de sua saúde e ele respondeu do modo seguinte: “Vou indo bem minha querida esposa, e, se me queres ver procura-me na chaga do lado do nosso amantíssimo Jesus; é lá que eu moro e aí me acharás; querer procurar-me noutra parte é um trabalho perdido”. Isso é, na verdade, ser um cavalheiro cristão às direitas.

Filoteia, Cap. XII



terça-feira, 3 de abril de 2012

CRISTO NA VIDA ESPIRITUAL

Darlan Santos

INTRODUÇÃO

A presença de Cristo na vida espiritual não é um elemento secundário, mas essencial; Cristo é o centro de gravitação de toda a vida cristã, o princípio o meio e o fim de toda santidade. Usaremos aqui as palavras de São João Eudes para demonstrar esta profunda realidade cristológica: “O primeiro e principal, ou melhor, o único objeto do olhar e da complacência do eterno Pai, é seu Filho Jesus. Digo único; porque assim como o Pai quis que seu Filho Jesus sejatudo em todas as coisas (Ef 1.23), e que todas as coisas subsistem nele e por ele (Col 1.17), conforme a palavra do apóstolo, assim vê e ama todas as coisas nele, e em todas as coisas não vê nem ama senão a Ele. E assim como, segundo a doutrina do apóstolo, fez todas as coisas nele e por ele (Col 1.16), assim quis também que todas as coisas fossem feitas para ele (Hb 2.10). E como escondeu nele todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Col 2.3) da sua bondade e beleza, da sua glória e felicidade, e de todas as suas perfeições, assim  também Ele mesmo por várias vezes nos anuncia solenemente que todas as suas complacências e delícias neste Filho único e bem-amado (Mt 3.17).
Também para nós, à imitação do Pai, a quem como nosso Pai devemos seguir e imitar, há de Jesus ser o único objeto do nosso espírito e do nosso coração. Devemos ver e amar tudo nele, e em todas as coisas não devemos ver nem amar senão a Ele. todas as nossas ações devem ser feitas nele e para ele. Havemos de pôr nele toda a nossa alegria, ter nele o nosso paraíso. Por isso nos pede que estabeleçamos nele a nossa morada: Permanecei em mim (Jo 15.4). E o seu discípulo amado repetirá por duas vezes este mandamento: Permaneceu nele, meus filhinhos (Jo 2.28). E São Paulo, para nos confirmar nisto mesmo, assegura-nos que não há condenação para aqueles que permanecem em Jesus Cristo (Rm 8.1).
Mas quando digo que Jesus deve ser o único objeto do nosso amor, não excluo o Pai nem o Espírito Santo. Pois se Jesus nos assegurou que quem O vê, vê o Pai (Jo 14.9), também aquele que fala dele fala do Pai e do Espírito Santo; e aquele que O honra e ama a Ele, honra e ama igualmente seu Pai e seu Espírito Santo; e aquele que o contempla ao mesmo tempo contempla o Pai e o Espírito Santo.


I. CAPÍTULO:
A VIDA DE CRISTO NA MEDITAÇÃO
Na Imitação de Cristo seu autor nos aconselha a centrar-nos na pessoa de Cristo como caminho de meditação constante quando diz: Seja, pois, o nosso principal empenho meditar sobre a vida de Jesus Cristo. A doutrina de Cristo excede todas as doutrinas dos santos e quem tiver o seu espírito há de encontrar o maná nele escondido. Quem quiser, pois, compreender e saborear toda a plenitude das palavras de Cristo deve esforçar-te em conformar com Ele toda a própria vida.
A meditação da vida de Cristo sempre foi um dos elementos constitutivos da busca do conhecimento de Cristo, de seus sentimentos, virtudes e atitudes e mistérios. Os Santos padres em todos os seus escritos fazem várias referências com relação à necessidade desta meditação que segundo São Francisco de Sales na sua Obra clássica Teotimo, a meditaçãoconsiste numa certa atividade da fantasia, pela qual nos representamos o mistério que queremos meditar, como se os acontecimentos se estivessem sucedendo realmente ante os nossos olhos, a esta atividade da fantasia deve seguir-se a do entendimento, que se chama meditação e que consiste em aplicá-lo às considerações capazes de elevar a vontade a Deus e afeiçoá-las as coisas divinas.A meditação da vida de Cristo e de todos os seus mistérios é o primeiro passo do desenvolvimento da vida espiritual, por ela conhecemos os movimentos internos de Cristo e os externos possibilitando assim o amor como fruto desta experiência de fé. Diz São Francisco de Sales na Filoteia: Aconselho-te a oração do espírito e de coração e, sobretudo, a que se ocupa da vida e paixão de Nosso Senhor: contemplando-o sempre de novo, pela meditação assídua, tua alma há de por fim encher-se dele e tu conformarás a tua vida interior e exterior com a sua. Deste modo nós, unindo-nos com Nosso Senhor, pela meditação, e notando as suas palavras e ações, os seus sentimentos e inclinações, aprenderemos por fim, com a sua graça, a falar com ele, a agir com ele, a julgar como ele e a amar como ele. A assídua meditação da vida de Cristo leva o cristão a uma identificação de sua pessoa a tal ponto de afirmar como São Paulo: Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e seentregou  si mesmo por mim. (Gl 2,19-20). É uma vida vivida não tanto seguindo os passos de Cristo, mas vivendo sua vida enxertada nele e Ele em nós, é uma experiência de fé na própria pessoa de Cristo. O fruto da meditação da vida de Cristo é a vivência da mesma, de forma conformada a própria condição de vida de cada homem que é chamado a esta identificação.
Dentre as escolas de espiritualidade cristã a Francesa que tem seu fundador o cardeal Pierre de Bérulle enfatiza e centraliza a pessoa de Cristo como o modelo único da vida cristã por consequência do batismo e seus mistérios como o meio apropriado para o processo de conformação; destaca as principais virtudes de Cristo: humildade, mansidão, conformidade com a vontade do Pai, sacrifício e oblação de si mesmo.



II. CAPITULO
A HUMANIDADE DE CRISTO NA MEDITAÇÃO
A humanidade de Cristo foi um dos grandes temas cristológicos, acarretando várias consequências e divergências na própria espiritualidade cristã. No século XVI este tema foi modelo de muitas reflexões, sobretudo na França e na Espanha. A escola francesa de espiritualidade com Pierre de Bérulle, Charles de Condren, Jean-Baptiste Noulleau, Jean-Jacques Olier, São João Eudes, São Vicente de Paulo, São Francisco de Sales e na Espanha com a reformadora do Carmelo Santa Teresa de Ávila. A experiência mística de Santa Teresa a levou a descobrir que a Humanidade de Cristo é a chave para entrar na sua divindade, por isso mesmo isso foi motivo de grandes sofrimentos para a santa.
Vejamos muito detalhadamente seu modo de orar com relação a Jesus Deus-Homem, ou seja, atendendo à humanidade de Jesus, de quem foi tão devota, mas sem separar nunca a humanidade da divindade, já que a humanidade é como o apoio para entrar na claridade e formosura da divindade. Quando meditava em Jesus, em qualquer passo de sua vida que contemplasse, fazia-o dentro de si mesma e junto a ela, e nesta companhia íntima, muito a sós, atendia, escutava, refletia, fazia pedidos e propósitos que se lhe ocorriam, sempre com amor e silêncio, agradecida de que a permitisse estar com Ele, algumas vezes com afeto, outras árida e seca, como Deus lhe dava. Santa Teresa mesmo escreve: Procurava o mais que podia prazer a Jesus Cristo, nosso bem e senhor, presente dentro de mim e este era meu modo de oração: Se pensava em algum passo, representava-o no interior... (Vida 4,8).
Esta união em amor com Deus, com a companhia de Jesus como testemunho amoroso, com a sensação da viva presença de Deus enchendo sua alma e comunicando-se com ela, é o altíssimo fruto maduro da meditação com que nos princípios começou a contemplar a Jesus sozinho dentro de sua alma. Por isso insiste tanto Santa Teresa em trazê-lo presente: É grande coisa enquanto vivemos e somos humanos, prazer a Deus Humanado diante de nós. Há menester ter arrimo o pensamento para o ordinário... E no meio dos negócios e perseguições e trabalhos, quando não se pode ter tanta inquietação, e em tempo de aridez, muito bom amigo é Cristo, porque o vemos homem e com fraquezas e trabalhos, serve-nos de companhia. (Vida 22,9-10).
Cristo é vida sobrenatural e enche de vida quantos procurarem levar-lhe dentro de si mesmos ou junto a si. E acaba de dizer-nos Santa Teresa o muito conveniente que é trazer sua imagem e não para leva-la no pescoço pendurada, e sim para falar com o Senhor e pedi-lhe sua ajuda, oferecer-lhe nossos trabalhos, nossos afetos e nossa pessoa. A conversação com o Senhor na oração meditativa e durante o dia, desperta o afeto, aviva a fé e não deixa o Senhor de nos dar amorosa resposta num maior amor. A humanidade de Cristo na meditação é um elemento que a espiritualidade cristã foi ao longo dos tempos sendo de suma importância, pois sendo Cristo o centro da vida espiritual faz-se necessário não somente a meditação da sua divindade, mas também de sua humanidade.
A humanidade de Cristo também como caminho de meditação está presente nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola na terceira semana. Estas meditações tem como finalidade o conhecimento da vida de Cristo para chegar acontemplação do amor. O fruto da meditação é o cultivo das virtudes e o amor divino. A vida cristã consiste nesta constante meditação dos mistérios, das virtudes, dos sentimentos e das atitudes de Cristo para chegarmos à transformação nele. Somos as mãos, os pés, o coração do Deus salvador, porque "Deus não tem mais mãos que as nossas", como falara Santa Teresa d'Ávila.
Ao longo da história da espiritualidade os cristãos foram buscando formas de meditar sobre a realidade da Humanidade de Cristo, mas sobretudo seus sofrimentos como a prática da Via Sacra, este exercício trouxe e traz ainda seus méritos; foi nesta escola que se formaram muitos santos como São Paulo da Cruz, Santa Teresa Benedita da Cruz, São João da Cruz, São Luiz de Montfort e tantos outros. Meditar sobre a realidade da Humanidade de Cristo traz frutuosos resultados de santidade na vida do cristianismo, isso não só entendeu Santa Teresa de Ávila, mas todos os apaixonados da Cruz.


SALES, Francisco.Teotimo. P.189.
A via sacra é uma devoção franciscana do século XV. Ao longo dos tempos, essa prática sofreu algumas modificações, até que em 1742 o papa Bento XIV aprovou a fórmula atual.